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Você quer entrar no mercado de proteína orgânica? Conheça a produção

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Você quer entrar no mercado de proteína orgânica? conheça a produção

 

Oferecer produtos com maior valor agregado e propositalmente direcionados a um nicho do mercado não é novidade no setor agrícola e pecuário brasileiro.

 

Contudo, com o aumento significativo da concorrência, recessão econômica e, principalmente, mudanças nos padrões de consumo - que valorizam cada vez mais aspectos éticos dos produtos de origem animal -, a indústria de proteína animal se vê hoje obrigada a encontrar soluções criativas para se manter próspera no mercado.

 

E, dentre essas soluções, certamente a certificação orgânica é uma das mais bem sucedidas até o momento.

 

Para se ter uma ideia, os últimos registros do projeto Orgânico Brasil apresentam um crescimento anual de 20% no que diz respeito ao consumo de produtos orgânicos no Brasil, o que representa um crescimento até três vezes maior em relação ao consumo mundial.

 

Sim, trata-se de um crescimento expressivo e, por isso, hoje iremos ver como obter a certificação de proteína animal orgânica, quais são os processos de produção mais adequados e muito mais.

 

O que muda na produção de proteína animal orgânica?

 

Assim como na produção convencional, todas as carnes orgânicas são resfriadas e congeladas. Isso garante não apenas a segurança alimentar do produto, mas também permite uma grande lista de cortes e coprodutos como picanha, alcatra, maminha, filé mignon, contrafilé, fraldinha, hambúrguer, carne moída, entre outros.

 

A carne bovina orgânica é proveniente de novilhos, de 14 a 16 arrobas. Os animais se alimentam em pastagem nativas, sem agrotóxicos e adubos químicos. E nos seus últimos anos de vida os novilhos podem ser alimentados com grãos orgânicos para aumentar o seu peso de abate.

 

Para se obter a certificação de proteína orgânica (e mantê-la durante as inspeções) é importante que não haja absolutamente o uso de medicamentos e/ou aditivos químicos na alimentação ou tratamento dos animais. Vermífugos podem ser usados de forma estratégica, de tal forma que não haja resíduo no produto final.

 

Já os frangos são alimentados com ração orgânica. Algumas empresas, como a Korin, buscam produzir a sua própria ração para diminuir o custo e garantir uma qualidade mais elevada.

 

Ou seja, para obter a certificação de proteína animal orgânica, o produtor deve se atentar, principalmente, à alimentação dos animais. Todos os equipamentos e procedimentos da produção tradicional podem ser mantidos, com exceção de casos em que a agência certificadora considere que há risco de contaminação ou mesmo maus tratos por consequência do uso de um determinado equipamento.

 

Como resume Juliana Pila, zootecnista da UNESP (Universidade Estadual Paulista) e analista de mercado da Scot Consultoria:

 

“A principal diferença em relação a carne tradicional é o modo de produção. Com a carne orgânica certificada, o consumidor tem a garantia de que está levando para casa um alimento completamente isento de resíduos químicos, pois a carne é produzida da maneira mais natural possível.”

 

Como obter a certificação de proteína animal orgânica?

 

Todo alimento orgânico comercializado no Brasil deve ser reconhecido pelo SisOrg (Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica), gerido pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

 

Atualmente, a certificação com maior credibilidade quanto à produção orgânica de produtos de origem animal é a World Quality Services (WQS), que recebe o suporte de mais de 10 instituições mundiais como ANSI (American National Standards Institute), PrimusGFS e SQF.

 

No Brasil, todos os processos para obtenção da certificação de proteína orgânica são credenciados por três organizações:

 

 

 

 

 

  • PAACO (Professional Animal Auditor Certification Organization);
  • UTZ Certified;
  • CGCRE (Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro).

 

Para o produtor que deseja obter a sua certificação mas não sabe por onde começar, o primeiro passo é entrar em contato com a WQS por meio do site oficial e descrever o seu negócio.

 

Isso porque a WQS possui quatro certificações distintas:

 

 

Dependendo do seu volume e tipo de produção, pode ser que uma seja mais urgente (e benéfica) do que as outras e, por isso, conversar com um consultor da WQS é o primeiro passo para produtores que desejam obter a certificação mais qualificada do mercado mundial.

 

Quer continuar se atualizando sobre as principais tendências do mercado de proteína animal brasileiro? Não deixe de conferir os outros conteúdos do canal de conteúdo da Tecnocarne.

 

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