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Saiba como equilibrar as vendas mesmo com diminuição da produção de abates

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Saiba como equilibrar as vendas mesmo com diminuição da produção de abates

A pecuária de corte é um orgulho do Brasil por ser uma das mais produtivas do mundo. Prova disso é que há muito tempo o país está entre os líderes mundiais de abate de bovinos.

Em 2016, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatíticas), mesmo com retração de 3,2% em relação a 2015, foram abatidas, 29,67 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária.

Porém, toda cadeia produtiva do setor tem por característica ser guiada por um prazo mais longo e, por essa razão, costuma sofrer alta variação no número de abates ao longo do ano.

Assim, ações no curto, médio e longo prazo são fundamentais para o pecuarista e para os frigoríficos, responsáveis diretos por oferecer carne para toda a cadeia consumidora, deixando o mercado interno e os mercados externos sempre abastecidos.

Abates no curto prazo: como a cadeia produtiva pode se preparar?

Como já dito, a pecuária de corte é uma atividade de longo prazo, que requer bastante planejamento e execução. Portanto, pensar no curto prazo já se configura como um erro por parte do pecuarista.

O analista de bovinocultura de corte do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) Yago Travagini explica que ao se pensar no curto prazo (período de três meses), o pecuarista tem, em suma, poucas alternativas que lhe trarão resultados satisfatórios neste curto período de tempo.

Ainda assim, o pecuarista pode se organizar. Mas como?

Travagini sugere que o pecuarista deve vender seus lotes aos poucos, “ele não deve buscar o preço máximo, mas sim, preços que sejam capazes de cobrir seus custos de produção”, comenta. Por isso, o conhecimento dos custos deve ser algo primordial para que os pecuaristas consigam estabelecer estratégias de vendas de seus animais.

Ademais, o analista do Imea ressalta que a redução de abates no curto prazo não é um fundamento muito palpável. “Apesar do período de estiagem ter sido um pouco mais prolongada que o normal, este já se encerrou no país. As pastagens já começam a se recuperar e as entregas de bovinos devem começar a crescer já nos próximos meses”, acredita.

O planejamento deve ser a médio e longo prazo

Quando faz seu planejamento no médio e longo prazo, o pecuarista fica munido de maiores alternativas para se organizar dentro da cadeia produtiva, já que isso possibilita a ele tempo de planejamento e execução maior.

Travagini comenta que há tendência de crescimento da oferta, devido ao rebanho recorde e também uma expectativa de elevação nos abates para os próximos dois anos. “Tal fato deve atuar como uma pressão baixista sobre as cotações do boi gordo e do bezerro. Dessa forma o pecuarista deve ter isto como um fator de risco na hora de tomar suas decisões”, alerta.

Dessa forma, Travagini explica que o pecuarista, no papel de um dos principais atores da cadeia produtiva, pode se organizar de forma a reduzir sua exposição na pecuária de corte nos próximos dois anos.

Segundo o analista, o pecuarista deve buscar girar o plantel da sua fazenda, comprando animais jovens em 2018 e 2019, e buscando a venda aos frigoríficos a partir da nova reversão do ciclo pecuário em que se iniciará a fase de retenção de fêmeas.

Projeções para o futuro da cadeia produtiva da pecuária de corte

A expectativa, de acordo com o Imea, é que a cadeia produtiva no curto, médio e longo prazo, tenha um maior incremento no volume de animais abatidos. “Isso é fruto natural da entrada da estação chuvosa e do descarte acelerado de fêmeas”, explica Travagini.

Nesta conjuntura, como era de se esperar, a maior oferta de cabeças de gado (maiores números de abate) se configura como um fator que atuará de forma baixista sobre os preços. No entanto, o analista comenta que as cotações do boi gordo podem não sofrer retrações:

Caso a demanda interna se recupere e volte a crescer e caso as exportações de carne bovina avancem ainda mais, a tendência é que as cotações do boi gordo não sofram retração”.

Por isso, entender como funciona a cadeia produtiva de abates é fundamental para o pecuarista. Portanto, todos os elos devem sempre estar antenados às informações pertinentes ao setor.

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